sexta-feira, 19 de junho de 2009

O pecado mora em Marilyn Monroe



Desde que o homem é homem, o esporte mais popular e mais praticado do mundo é o sexo. Mas, assim como o segundo maior esporte do mundo, que é o futebol, dificilmente você vê um jogo “fair play”, já que se cometem tantas faltas durante a partida do jogo e no sexo, onde neste caso, a falta grave com direito a pênalti sem goleiro é a traição.
Como sempre, o cinema - o pano de fundo destas crônicas - trabalhou bem este assunto que só não é preferência mundial pro traído, mas que traz uma satisfação de poder e glória ao traidor. Filmes como Atração Fatal e Dama de Vermelho, entre inúmeros outros exemplos, abordaram o assunto de uma forma complexa. De um lado o risco físico e o perigo real de brincar com sentimentos alheios e, de outro, o prazer do segredo e do desejo em trair sem consumar o fato, tornando o sórdido numa fantasia, por que não, romântica de um desejo platônico.
Fora das telas, na nossa vida real (ou surreal?) o ato que mais denuncia nossa traição é o sexo oral. Será que é chamado assim exatamente pelo que fala e pelo que grita? Bill Clinton quase destruiu o mundo por causa de um blowjobzinho, Hugh Grant acabou com um casamento bacana e quase destrói a carreira em cima de papéis de bom moço também por uma simples felaçãozinha e quantos casamentos, romances, elos de confiança mútua que se quebram, entre outras tristezas, se perdem num simples boquetezinho discreto escondido dentro de um carro em movimento. Será que alguém vai ver? Não, ninguém vai saber, mas aí o oral ora e ora alto e o mundo descobre e mais uma relação de confiança é destruída “oralmente”.
Mas de volta ao cinema (com ou sem sexo oral na sala) que é o nosso tema, um filme clássico sobre o tema traição é O PECADO MORA AO LADO, que tem o nome original em inglês de “coceira dos sete anos”, baseada numa tese psicanalítica que, após sete anos juntos, o homem (hoje em dia a mulher se inclui e talvez em até menos de sete anos) sente um desejo incontrolável em trair. Como o próprio filme do gênio Billy Wilder retrata na primeira cena: somos apenas 100 índios xucros indo atrás de uma indiazinha gostosa. Mais animalesco nossos desejos ainda são se esta indiazinha séculos depois se transformar na loira mais provocante do mundo, a estonteante Marilyn Monroe.
No filme, o caricato ator Tom Ewell vive um típico novaiorquino pai de família que, após ficar livre em casa com sua mulher e filho numa viagem longe dali, sente a tal coceira dos sete anos e um desejo desenfreado de ter uma aventura extraconjugal, até tenta se conter, quando ninguém menos que Marilyn Monroe bate à sua porta como a nova vizinha. O filme é inocente, claro, pela época em questão e tem bons momentos cômicos. Uma história bacana que revelou a imagem mais emblemática da loira: a cena do metrô onde sua saia levanta revelando suas lindas pernas.
Diga-se de passagem numa época bem mais sedutora, onde melancias e bailarinas axé/funk não existiam; portanto, isto era o auge do erotismo. Mas a questão filosófica de tudo isto é: será que quem trai no fundo sai menos ferido de quem foi traído? Onde de fato se encontra este desejo incontido nosso em enganar e mentir apenas por prazer? Sexo é para mim uma das coisas mais maravilhosas desta vida, depois do palco, claro, se bem que sexo no palco ou nas coxias é melhor ainda, mas isto é outra história. O fato é que sexo pode ser a cura, mas também a doença. Prova maior disto são os casamentos e relações destruídas por um ato impensado de sexo. Indo mais além ainda, a vida do desejado pode se afundar em cima deste forte desejo.
O mundo não conheceu duas pessoas tão desejadas sexualmente como Elvis Presley e Marilyn Monroe e, o que para muitos seria a vida perfeita, provou-se o contrário, pois ambos tiveram suas vidas interrompidas precocemente pela tragédia. Elvis, com todas as mulheres do mundo, morreu só, depressivo e loucamente apaixonado por uma pessoa. Marilyn seria personagem digna de uma novela mexicana. O pai, a pobre loira nunca conheceu. Sua avó morreu louca. Sua mãe era esquizofrênica e passou a vida inteira trancafiada num sanatório. Sendo assim a jovem Marilyn foi criada em orfanatos sendo estuprada na infância. Quando já adulta não conseguia emprego, passou fome e aceitou posar nua por apenas 50 dólares, para pelo menos bancar um supermercado. Seus irmãos (Robert, que morreu precocemente e Berniece, que se tornou uma de suas melhores amigas) foram raptados na infância pelo pai.
Casou e estava feliz. Havia encontrado o amor, porém o brilho das luzes e a vontade em ser centro das atenções a chamou de volta ao inferno. Largou o marido, ficou famosa e, com o sucesso, se casou com o astro do beisebol Joe DiMaggio, relação que não durou mais de um ano. Ela nunca conseguiu ser mãe e passou por dois abortos, além de nunca estar satisfeita com sua carreira. Já cansada de ser a ‘loira burra’ nos filmes, foi estudar com o mestre da atuação Mr. Strasberg e se casou com um intelectual, Arthur Miller. Claro, também não deu certo. Marilyn se afundou mais e mais em bebida e remédios. Por fim, se envolveu com o homem mais poderoso do mundo, o presidente dos EUA, John F. Kennedy, que não correspondia ao amor da loira e só a tratava como um mero objeto de desejo. Seu irmão Bobby usou o mesmo artifício e a loira ficou mais maluca ainda. É a prova de que todo mundo sangra. Mesmo os deuses e as musas. Todos têm problemas afetivos e sexuais, e até um ícone sexual como Monroe sofreu as consequências de escolhas mal resolvidas. Por isto, em matéria de amor, a fidelidade ainda é a solução para se manter feliz. A diversidade deve estar entre duas e não mais pessoas. Já no sexo com traição, meus caros, as aparências sempre enganam, porque o maior prazer – repito – ainda é amar e ser amado. Mas já que ninguém é de ferro, então em caso de traição inevitável por desejos irrefreáveis, o segredo é agir com cautela. Afinal, ser fiel é ser discreto! E Marilyn, assim como suas irmãs de sedução ao longo dos tempos, foi traída pela vida por não ser nada discreta consigo mesma.

3 comentários:

Daan disse...

>.< Nossa,tem coisa q so maluka faz hahaha

De Olho na TV disse...

com certeza, ela era uma mulher encantadora, parabéns pelo BLOG e continue com o sucesso. ( não publique esse comente, me passe seu MSN pra gente manter contato

Thays Pessoa disse...

Bakana seu blog...
Bjus