sexta-feira, 30 de novembro de 2012

TATU QUE COME PEDRA SABE O FULECO QUE TEM

E o Brasil continua sendo o país da piada pronta. O sujeito se autopromove como melhor ministro da educação, o povo acredita e a nação leva “orgulhosamente” de bônus a penúltima colocação no ranking global desta área.
Aí para festejar com honrarias é batizado de Fuleco nosso mascote da copa de 2014. O nome é um neologismo com as palavras futebol e ecologia (o que não espanta se levarmos em conta nossa qualificação educacional) e acredite você, nobre leitor, foi o escolhido entre 450 opções. Imaginem como eram as outras e a “mente brilhante” que as criou! Fuleco para quem não sabe é o apelido de ânus, o popular c... Das três principais opções, Fuleco venceu Zuzeco (azul e ecologia ou Cazuza e marreco?) e Amijubi (amizade e júbilo), que se eram as três “melhores”, quem será que deu opções de nome ao bichinho? Baby Consuelo? George Bush? Tonho da Lua?
Eu acho que haveriam nomes melhores já que a regra é neologismo. Fulero seria uma boa e homenagearia nosso futebol rampeiro. Pileque, uma ótima opção porque além de homenagear um ex-presidente também seria a junção de pizza, já que tudo aqui acaba assim, com a palavra moleque, que é como nossos jogadores se comportam. Craqueira também é bacana. Remete ao futebol e ainda unifica Cracolândia com Cachoeira, dois vértices de nosso reino. O nosso mascote é um tatu bola que por ironia apesar de carregar o nome ecologia nas costas, esta em extinção. Se bem que com um apelido destes qualquer outro ser entraria numa auto extinção e se enfiaria no próprio fuleco. Mas realmente o apelido talvez faça jus ao nosso povo, pois somos uma nação de fulecos. Políticos enriquecem ilicitamente, mentem, roubam, manipulam leis,
criam títulos e situações favoráveis aos mesmos e ainda assim são reeleitos e alguns até cultuados como se fossem a encarnação do divino. O Brasil é um país que brotou do fuleco de Portugal e talvez por isto até hoje esta nossa tara por este orifício. A nossa música tem sido mais avaliada pela bunda do que pela canção. Nossas estrelas e astros em grande parte são escolhidos “a dedo” por esta nobre região; uma parte de nossa imprensa se dedica a estudar mais orifícios alheios do que a biografia do escolhido; com tantas multas, impostos e taxas, praticamente vivemos tomando diariamente no fuleco. Nossa televisão (com raras exceções) tem sido dirigida por fulecos e talvez daí venha todo o mau cheiro do lixo moral que dela exala. No congresso deputados se concentram muito mais no fuleco dos outros impondo leis e regras que tratem o homossexual como a escória do mundo, enquanto se ignoram temas muito mais importantes a serem discutidos como por exemplo,
a prostituição infantil, a violência urbana e as leis retrógradas que incentivam o crime, entre outros assuntos que vão de encontro a um único fuleco: o nosso! A Fifa e a organização da Copa optaram pelo tatu bola, por ser uma espécie em risco de extinção e que em função disto pode desempenhar um papel fundamental de conscientização e incentivar o público a se comportar de forma ambientalmente correta. E se você sentado na sua poltrona acredita nisto, sinceramente, com todo respeito, tu és um fuleco. Desde quando futebol e conscientização andaram de braços dados? Olhe a situação dos estádios, a agressividade das torcidas, o lixo despejado pós-partidas, a embriaguez desenfreada fomentada pelos patrocinadores dos jogos, etc... Algum mentecapto incompetente sugeriu a criação do Fuleco e tá ganhando muito com isto.
O Brasil é um império do nepotismo. Criatividade, inteligência e raciocínio lógico não servem de nada. O que vale aqui é QUEM você conhece e não O QUE você conhece. Faltando pouco mais de um ano para a Copa e não temos aeroportos preparados, não temos estádios, não temos segurança, não temos sequer uma seleção admirável e temos um mascote apelidado de c... Enquanto você compra sua camiseta, bandeira e sua caxirola, a vuvuzela criada por Carlinhos Brow, nosso Sergio Malandro afro brasileiro, eu continuo aqui menosprezando o ópio do futebol e colocando o dedo na ferida, ou neste caso, o dedo no fuleco do país.

2 comentários:

Unknown disse...

E quando achamos que nada é tão ruim que não possa piorar, eis que surge o nome da bola da Copa das Confederações: CAFUSA (carnaval, futebol e samba). Vergonhoso!!!

Andreia Vedder disse...

Papo de ecologia muito tarde por sinal até por que o motivo da extinção é o fato do consumo do Tatu Bola no Nordeste que é caçado na caatinga pra servir de alimento, coitado do pobre Tatuzinho ninguém nunca se preocupou com ele agora caiu de gaiato no navio e nem vai receber direitos autorais por sua imagem ser utilizada, devia de ser indenizado por séculos de carnificina entre os de sua espécie. Agora com essa onda de copa eu não dúvido de ver gringo pagando caro pra comer Tatu e derrepente numa dessas manhãs tolas ligar a TV e dar de cara com Edu Guedes passando a receita do dia Tatu Bola ao molho madeira :/