terça-feira, 20 de agosto de 2013

A MARCHA DOS IMBECIS

É inegável que a visita do Papa ao Brasil trouxe mais resultados positivos do que negativos. Desde de João Paulo II, a Igreja não tinha uma aproximação tão forte com o povo e um líder tão carismático. Papa Francisco pregou humildade, paz e amor em discursos puros, coerentes e de extrema sabedoria. Ateus, agnósticos, evangélicos, umbandistas e outras religiões, se renderam à humildade e simpatia deste senhor.
Quem assistiu sua entrevista exclusiva pode notar no semblante cansado, a postura de um homem sábio e que está apto a fazer a diferença, mudando os rumos da história. O que precisamos no mundo de hoje é isto: alguém que faça a diferença. Tem gente que critica a Igreja pelos excessos ocorridos no passado e pela tenebrosa inquisição, porém o mundo não roda para trás e sim adiante e como disse acima, o tempo é de renovação. Se fossemos condenar eternamente instituições, países, pessoas, pelos erros do passado não haveria significado para o perdão e viveríamos em eterno caos distante de uma evolução espiritual. A Igreja já reconheceu seus erros e para nossa sorte, a inquisição foi abolida há séculos.
E convenhamos que hoje em dia entre tantos erros e acertos, a católica está longe de ser uma das “piores”, afinal quem aqui duvida que se Papa Francisco fizesse como alguns “líderes” famosos de religiões evangélicas e pedisse para os três milhões de pessoas abrirem suas carteiras e depositarem algo na conta da Igreja, ele não sairia daqui com aviões lotados de dinheiro? Ao contrário, num mundo onde o capital está acima até da fé e do amor, este homem pregou a humildade. Num mundo onde a violência sem sentido impera, eis que para nossa vergonha alheia, alguns manifestantes da Marcha das Vadias deram um verdadeiro show de horror em plena tarde ensolarada com atos que nada se diferem da inquisição, já que, como narcisos feridos, condenaram aquilo que não é espelho. Destruir agressivamente estátuas e imagens religiosas, me lembrou a violência de um pastor que chutava a estátua de Nossa Senhora chocando até quem não era religioso,
muito mais pelo ato de agressividade patética, do que pela fé. Vale lembrar, que o movimento das vadias é digno e de extremo respeito. Surgiu em 2011 no Canadá, em protesto contra a crença de que as mulheres que são vítimas de estupro teriam provocado a violência por seu comportamento. Por isso, marcham contra o machismo, contando sobre os seus próprios casos de estupro. As mulheres durante a marcha usam não só roupas cotidianas, mas também roupas provocantes, como blusinhas transparentes, lingerie, saias, salto alto ou apenas sutiã desafiando esta teoria patética e machista de que a mulher induz o estupro e fazendo, com todo respeito, a manifestação mais digna e bela de se assistir, do que qualquer outra.
Esta manifestação sempre teve meu total apoio e sempre terá, agora esta micagem ocorrida no Rio de Janeiro protesta o que? Frases imbecis que por educação nem expor aqui eu posso, gritavam praticamente sozinhas entre elas e mais ninguém. As manifestações sérias lutam por mudanças e se houvesse uma alma pensante dentro destas, perceberia que a visita do Papa pode ser a mudança que tanto se esperou da Igreja. Francisco está quebrando dogmas seculares, ao proferir que ateus merecem o céu e que homossexuais tem total direito na sua opção. A verdade é que com tantos problemas no mundo, a cama está em primeiro lugar e isto para mim tem mais Freud do que Jesus em si. O problema é a frustração sexual em gênero, número e grau. O que interessa a opinião da Igreja na sua vida sexual?
Porque você se preocupa tanto? Qual sentido de “evaginar” uma imagem de santo? Já existem vibradores poderosos para acalentar esta solidão e insatisfação sexual, sem ferir a crença das pessoas. Para se obter respeito, deve-se oferecer respeito. A sua liberdade termina onde a do outro começa, e só assim poderemos viver em sociedade. Repudio aqui atos desta espécie e mesmo não sendo religioso, mantenho a postura de que o Papa veio para fazer a diferença e mudar os rumos da Igreja. Há muito mais problemas aqui no Brasil do que em seus ovários ou seu ânus laico.

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