terça-feira, 20 de agosto de 2013
DE VOLTA À IDADE MÉDIA
Eu tô começando a achar que o Brasil foi dar uma voltinha no DeLorean do Dr. Brown, pois o país praticamente parou na Idade Média esta semana para enaltecer o bebê real e o Papa, isto em pleno século 21. O que nos interessa nos dias de hoje a chegada de um bebê real? O Papa ou qualquer outro líder religioso ter ainda este poder sobre a humanidade não é algo a se discutir? Antes que me atirem pedras na cruz, eu de maneira alguma estou criticando o Papa, muito pelo contrário. Apesar de ter nascido católico, mas com o tempo, ter me transformado em agnóstico, confesso que tenho a maior simpatia pelo Papa Francisco e acredito que no auge de sua humildade (ao menos é o que demonstra) ele também não deve concordar com todo este glamour de pop star que o concedem. Um exemplo claro disto foi quando o carro que o levava, numa projeção tipicamente brasileira, sem planejamento, colocou o líder da igreja católica num engarrafamento monstro no meio de toda a população. Para espanto das autoridades, Francisco, baixou o vidro, diga-se de passagem, na mão, porque era um carro médio, sem sequer vidro automático, e cumprimentou as pessoas com gesto explícitos de carinho. Eu sempre fui um tanto profético em desmascarar falsos paladinos e quem me acompanha sabe disto. Foi assim com Lula, com Dilma, com algumas estrelas e falsos heróis que a mídia tenta nos socar goela abaixo. No caso de Francisco, eu arrisco a dizer que assim como João Paulo II, este senhor, de aparência simpática e de um discurso rico de carisma e humildade, veio para enfim mudar o quadro triste do Vaticano. Milhões de católicos mudaram de religião talvez por esta falta de humildade, contato com o fiel e acima de tudo, uma revisão urgente em dogmas criados exatamente na Idade Média. O Papa já mostrou que tem coragem ao destituir velhas hienas de cargos importantes no Vaticano e de lutar contra a corrupção do pequeno e riquíssimo país. Evidente que no Brasil, uma visita de tamanha importância acaba inflando egos e servindo de palanque eleitoral, como sempre. A presidente, e não presidenta, por favor, e sua trupe de aproveitadores, não desgrudaram de Chiquinho um segundo sequer, a não ser quando ele se enfiou de carro no meio da população, enquanto quem rege o povo e se diz do povo, foi embora de helicóptero, ou quem sabe num avião da FAB que já virou Titia Augusta de chefes de governo. A classe política continua envergonhando e desprezando a nação e o seu clamor. O novo herói da mídia, Joaquim Barbosa, mostrou que humildade é o que lhe falta, ao ignorar Dilma em cadeia nacional, num ato de deselegância. Problemas pessoais não devem ser colocados à frente, ainda mais quando a nação está prestes a explodir. Joaquim não é herói. Ele fez no caso mensalão, o que é pago (e muito bem) para fazer e ponto final. Se bem que o deputado Jean Wyllys, que lembra um Cavaleiro que só diz NI, da Idade Média dos Python, com discurso eloquente e inflamado quando o assunto é homossexualidade e guerra contra a Igreja, como se isto fosse um grande problema no país da fome, da miséria, desemprego e falta de educação, reclamou que o salário de R$ 26.723,13 para um deputado não é excessivo num país onde o salário-mínimo de um trabalhador, que tem a sua jornada maior que a de político é de R$ 678,00. O sujeito ainda teve a petulância de dizer que executivos de empresas ganham salários obscenos enquanto o dele, como deputado, tirando os descontos dá um valor idêntico ao que ele ganhava como professor. Bom, você aí professor que lê este artigo, ligue para o deputado agora e pergunte a ele se a vaga está livre, já que ele a trocou para ser um BBB. Quem sabe você dá esta sorte. No meio de tanta hipocrisia, eu saúdo as palavras do belo discurso escrito de próprio punho pelo Papa que disse: “Não trago ouro e nem prata, mas o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo." E que assim seja para todos. Sigam a única lei do Cristo homem ou deus: AMOR!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário