
Do dia 08 até o dia 16 de junho, acontece o Festival Varilux de Cinema Francês. O evento trás dez filmes inéditos com o melhor da mais recente produção francesa e ainda contará com debates de atores, produtores e diretores em sessões
especiais. Nesta quarta, pela manhã, participei da coletiva de imprensa, onde muito se falou, claro, sobre a qualidade artística do cinema francês, apontando talvez para uma nova tendência onde a voz da mulher está ainda mais ativa e presente, como disse uma diretora da bancada: “a mulher é o futuro do homem e os franceses sabem disto”. À disposição dos jornalistas, estavam o diretor Alain Gagnol, a diretora Caroline Bottaro, as atrizes Yahima Torres, Aure Atika e a homenageada do festival, Sandrine Bonnaire. A atriz Audrey Tatou, a eterna Amelie Poulain, também esta no Brasil, mas não participou da coletiva. Eu quase a entrevistei, porque dei a sorte de cruzá-la no elevador,
mas o que saiu da minha boca foi apenas um “Bonjour, tu es belle” e uma anotação à caneta feita em meu braço: “procure um curso de francês urgente, idiota”. Voltando a bancada, Bonnaire, extremamente simpática, comentou sobre o documentário que fez sobre sua irmã autista e também sobre o filme que esta dirigindo onde seu esposo, o ator Willian Hurt, protagoniza. A história fala sobre escolhas e a idéia surgiu, após reencontrar 20 anos depois, o primeiro amor de sua mãe (não o seu pai), que após sofrer tal desilusão se tornou mendigo por opção. Ainda sobre amor e escolhas, Sabrine finalizou o debate com uma frase do filme Xeque Mate, que ela promove no festival, onde diz que “quando assumimos um risco podemos perder algo, mas quando não assumimos risco algum, perdemos tudo.”
Deneuve crê que a maior arma do cinema americano é sua rede gigantesca de distribuição, o que facilita o acesso ao público. Na França ela diz que mesmo atraídos por este mercado, os franceses ainda mantém uma paixão pelo cinema nacional, o que nivela as coisas. Finalizada a coletiva, Deneuve que considera o fato de ser ícone do cinema, um fardo pesado para se carregar, sai da sala leve como uma pluma flutuando em seu vestido azul, na mente dos presentes ainda incrédulos de respirarem por minutos, o mesmo ar que a eterna Belle de Jour.
Um comentário:
Maurício
Cada dia fico mais fã de você e seu trabalho.
Adoro sua inteligência, senso de humor e seriedade naquilo que se propõe a fazer.
Admiro imensamente sua perseverança e torço sinceramente para que realize todos seus sonhos profissionais e pessoais.
Você é um fofo ! beijos sua fã n, UM Eliane Faccini
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