quarta-feira, 11 de maio de 2011
JOHN FOGERTY - O GENIAL PRIMO CAIPIRA DO ROCK
Foram quatro décadas de espera muito bem remuneradas, já que John Fogerty em sua primeira passagem pelo Brasil não decepcionou os fãs e recompensou a platéia com todos os grandes clássicos do Creedence e claro, de sua carreira solo também, sem nenhuma exceção. Foram 90 minutos de hit atrás de hit para a alegria dos fãs que variavam de senhores de 70 até garotos de 18, que por sorte ainda apreciam o que tem de melhor na música e engrossavam o gigantesco coro liderado pela regência do carismático John, que com sua voz emblemática entoava em unissono com a platéia músicas como Susie Q, Bad Moon Rising, Fortunate Son, Rockin' All Over The World, Proud Mary e claro o hit número um de bandas cover, Have You Ever Seen The Rain, a música que John fez em homenagem à filha e dedicou no show à todas mamães (show foi domingo dia das mães). O Creedence Clearwater Revival se lançou em 1968 e chegou ao fim quatro anos depois com a saída de Tom, irmão de Fogerty. Mesmo neste curto intervalo de tempo a banda acumulou discos de platina e fez shows mundo afora, incluindo a já famosa participação em Woodstock. Qualquer fã de rock and roll que se preze sabe da importância desta banda para a história do rock. No mínimo 5% por cento da lista dos cem maiores hits da história do rock e porque não, do country, Fogerty foi quem compôs. Sua obra já abrilhantou incontáveis filmes e comerciais de TV. Bruce Springsteen, fã confesso de Fogerty, considera-o um dos maiores compositores da musica popular americana e que tem o talento raro de dizer em 3 minutos o que muitos não dizem em toda sua discografia. Após o fim do Creedence, John seguiu carreira solo e em 1973 gravou todos os instrumentos de seu disco de estréia com versões de hits tais como "Jambalaya" que entrou direto para o Top Hit. Nesta época John declarou que nunca mais tocaria os sucessos do CCR em um show solo, mas a promessa durou até 1985, quando Bob Dylan e o ex-beatle George Harrison, convenceram-no de que ele deveria tocar seus antigos sucessos novamente ao público. Harrison lhe disse: “Se você não fizer, todos vão pensar que Proud Mary é uma música da Tina Turner". Em 1993 o Creedence Clearwater Revival foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, mas Fogerty recusou tocar com seus ex-colegas, devido terem sido favoráveis à antiga gravadora que o processava. Ele se isolou até 1997 quando lançou o excelente Blue Moon Swamp e um ano depois o disco ao vivo Premonition, num show bárbaro gravado num dos estúdios da Warner com um cenário de pântano tão espetacular quanto o set list apresentado. Mas nem tudo são flores na vida do caipirão simpático considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Desde o fim do Creedence estava brigado com seu irmão e nem no leito de morte do mesmo, vítima de HIV, fizeram as pazes. Triste um homem com tanto talento e poesia deixar nascer dentro de si tanta amargura, mas ninguém é perfeito, não é? Também chove sobre uma carreira gloriosa como o sol.
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