
José de Alencar, com seu senso de humor inabalável, dizia que os discursos deveriam ser como um vestido de mulher: nem tão curtos que possam escandalizar e nem tão longos que possam entristecer. Como manda quem pode e obedece quem tem juízo, sigo o sábio conselho deste senhor e em poucas palavras esboço aqui sua história de sucesso e de bravura indomita.
vice em sua chapa para presidência, gerou polêmica, pois muitos dirigentes do PT não o aceitavam, por ser empresário, porém com delicadeza e bom humor nos discursos, inteligência nas negociações e digamos um certo talento para enxadrista nas relações pessoais, transformou sua parceria com Lula, na mais promissora da história politica do país. Para Lula ambos eram como Pelé e Tostão, mas Alencar sempre ironizou sobre quem de fato era o Pelé nesta relação e mesmo sendo fiel escudeiro do presidente, se tornou publicamente uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci,
batendo sempre que em um país com o tamanho do Brasil era inadmissível juros absurdamente altos. Era o empresário vencedor mostrando total conhecimento de causa, mas sendo abafado, como muitos, pela ignorância egoísta da política. Mas deixando o lado político de lado, assim como fez Alencar, fato raro já que reza a lenda que quem entra para a política, jamais sai. O fato é que este homem foi um exemplo digno de fé e acima de tudo esperança emocionando e inspirando milhões de brasileiros. José Alencar possuia um delicado histórico médico, que acabou roubando até o foco de sua vida política, tarsnformando-o mais num martir na luta contra o câncer do que vice presidente de uma nação emergente. Passou por dezenas de cirurgias e saia de todas com um ar de quem havia acabdo de chegar da Disney. Em sua longa batalha contra o câncer, aceitou ser cobaia nos EUA na busca pela cura fortalecendo assim a esperança daqueles que padecem do mesmo martírio. Homem de coragem e de opinião forte afirmava não ter medo da morte, mas sim da desonra, pois um homem sem honra morre em vida. Suas entrevistas pós cirurgicas e sua luta incesante emocionavam qualquer ser que tenha um musculo pulsante no peito ou até aqueles que nada tem no peito, a não ser um cifrão, como no discurso emocionado nque fez no Congresso onde dizia que Se Deus quisesse levá-lo não precisaria de um câncer para isto, mas se não quiser de fato levá-lo, nem um câncer seria capaz disto. Frase forte que calaria até o mais profundo ateu, até porque já não importam religiões, raças e nem bandeiras políticas aqui,
2 comentários:
Fiquei emocionada com o texto, bem escrito e sensato. Parabéns ao Autor...Ana Marques...
ADOREI MAURICIO... SEMPRE BOM COM AS PALAVRAS E EM CAUSAR EMOÇÃO NAS PESSOAS
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